18ª SESSÃO-O OVO DA SERPENTE-INÍCIO
Volto a 1980.
Assassinado Sá Carneiro, o fim da AD (objectivo pretendido?) era questão de tempo. Acelerado foi pelo sucessor designado pela coligação, Francisco Pinto Balsemão , porventura o único Bildeberg que nunca foi a votos, sabe-se lá porquê.
Manobras de bastidores, desígnios inconfessáveis do então PR, Ramalho Eanes, e contra todas as opiniões este convocou eleições antecipadas.
Previsivelmente (acaso?) ganhou o PS, com maioria relativa. Assim sendo, o PSD ficou em segundo lugar. Juntos detinham uma enormidade no Parlamento.
A natureza última do regime surge então com todo o seu esplendor.
Os dois campos que elegeram e odiaram (à vez) o esfíngico general unem-se no Governo para nosso mal e da nossa salvação. Fizeram maioria absoluta , um governo forte e o que quiseram no Texto Constitucional ; um dos dois campos, secretos e subterrâneos, que manipularam e conduziram toda a farsa desde os anos 70 ( o outro era o bloco secreto PS/PCP) atingiu pela 1ª vez a plenitude do poder.
Foi, dizem cronistas e os salpicos que a história oficial não consegue filtrar, o período mais negro da nossa História recente.
O mais asqueroso, o mais corrupto e corruptível, e criminoso também.
Teve, sem dúvida, aspectos positivos: esclareceram-se as dúvidas sobre o paradeiro dos agentes da PIDE/DGS/Legião Portuguesa, com a formação do SIR mais tarde convertido em SIS, tendo como base os recursos humanos e logísticos daqueles.
Ora, um serviço secreto formado por governantes medíocres – era o tempo que que se dizia às claras, na TV, “tão medíocre tu ainda chegas a Secretário de Estado”- e executado por pessoas com longuíssimo historial no mester, não poderia dar bons frutos.
Se dermos como olvidável o caso dos G.A.L. (ladrão que rouba a ladrão...) , que quase mandava Felipe González para a prisão e mandou Mário Soares para a Presidência da República -quem disse que os espanhóis são mais finos?- ficaram outros de digestão mais complicada.
Macau e a instalação no poder das Tríades ; Rosado Correia -o homem que cometeu a proeza de só ter tido um elogia público quando morreu, precisamente o de Mário Soares- ; a instalação, já sem disfarce, do crime organizado no Estado, financiado pelas figuras atrás citadas, bem regado com fundos do jogo, extorsão e prostituição de Macau ( a TVI é herdeira disso); a perseguição sob formas mais modernas de quem não branqueasse o passado de esquerda filiando-se no PS/PSD- são apenas episódios que emergiram neste período, ao ritmo de um filme de terror.
Sem sombra de dúvida, mas com excesso de pecado, estabeleceu-se enfim, e pelo lado pior, o rumo de Portugal pós-Abril. Que disto só sairá (o regime, não Portugal) para a cova.
Para trás, bem para trás, -e muito para a frente que na História os nossos limites não contam- ficavam já as histórias inimagináveis contadas por para-protagonistas de cenas orgíacas nuns apartamentos que rodeavam a Assembleia da República, e as vidas muito pouco recomendáveis de figuram que mediaticamente moldavam e adolescente senilidade portuguesa, não citáveis porque estão, ou quase estiveram, em julgamento.
Demasiadas coincidências, nos nomes e tudo, durante vinte anos.
Assassinado Sá Carneiro, o fim da AD (objectivo pretendido?) era questão de tempo. Acelerado foi pelo sucessor designado pela coligação, Francisco Pinto Balsemão , porventura o único Bildeberg que nunca foi a votos, sabe-se lá porquê.
Manobras de bastidores, desígnios inconfessáveis do então PR, Ramalho Eanes, e contra todas as opiniões este convocou eleições antecipadas.
Previsivelmente (acaso?) ganhou o PS, com maioria relativa. Assim sendo, o PSD ficou em segundo lugar. Juntos detinham uma enormidade no Parlamento.
A natureza última do regime surge então com todo o seu esplendor.
Os dois campos que elegeram e odiaram (à vez) o esfíngico general unem-se no Governo para nosso mal e da nossa salvação. Fizeram maioria absoluta , um governo forte e o que quiseram no Texto Constitucional ; um dos dois campos, secretos e subterrâneos, que manipularam e conduziram toda a farsa desde os anos 70 ( o outro era o bloco secreto PS/PCP) atingiu pela 1ª vez a plenitude do poder.
Foi, dizem cronistas e os salpicos que a história oficial não consegue filtrar, o período mais negro da nossa História recente.
O mais asqueroso, o mais corrupto e corruptível, e criminoso também.
Teve, sem dúvida, aspectos positivos: esclareceram-se as dúvidas sobre o paradeiro dos agentes da PIDE/DGS/Legião Portuguesa, com a formação do SIR mais tarde convertido em SIS, tendo como base os recursos humanos e logísticos daqueles.
Ora, um serviço secreto formado por governantes medíocres – era o tempo que que se dizia às claras, na TV, “tão medíocre tu ainda chegas a Secretário de Estado”- e executado por pessoas com longuíssimo historial no mester, não poderia dar bons frutos.
Se dermos como olvidável o caso dos G.A.L. (ladrão que rouba a ladrão...) , que quase mandava Felipe González para a prisão e mandou Mário Soares para a Presidência da República -quem disse que os espanhóis são mais finos?- ficaram outros de digestão mais complicada.
Macau e a instalação no poder das Tríades ; Rosado Correia -o homem que cometeu a proeza de só ter tido um elogia público quando morreu, precisamente o de Mário Soares- ; a instalação, já sem disfarce, do crime organizado no Estado, financiado pelas figuras atrás citadas, bem regado com fundos do jogo, extorsão e prostituição de Macau ( a TVI é herdeira disso); a perseguição sob formas mais modernas de quem não branqueasse o passado de esquerda filiando-se no PS/PSD- são apenas episódios que emergiram neste período, ao ritmo de um filme de terror.
Sem sombra de dúvida, mas com excesso de pecado, estabeleceu-se enfim, e pelo lado pior, o rumo de Portugal pós-Abril. Que disto só sairá (o regime, não Portugal) para a cova.
Para trás, bem para trás, -e muito para a frente que na História os nossos limites não contam- ficavam já as histórias inimagináveis contadas por para-protagonistas de cenas orgíacas nuns apartamentos que rodeavam a Assembleia da República, e as vidas muito pouco recomendáveis de figuram que mediaticamente moldavam e adolescente senilidade portuguesa, não citáveis porque estão, ou quase estiveram, em julgamento.
Demasiadas coincidências, nos nomes e tudo, durante vinte anos.