12/02/2005

14ª SESSÃO - O GRANDE ACIDENTE LUSITANO

Lançados os dados, apresentados alguns actores, - a que se vão juntar auxiliares de educação, assistentes sociais, enfermeiros, técnicos paramédicos, técnicos auxiliares sanitários, professores primários, educadores infantis, etc... etc.... lançando tudo não às feras, não, que essas também foram repescadas pelo regime, vamos a um sítio. Na História.
Na altura – estávamos em Dezembro de 1980 – tudo se explicava dentro da querra fria esquerda-direita, sem volver. O Papa do sorriso morrera estranhamente? Foram os comunistas, dizia a direita; foi a ala mais reaccionária do Vaticano, dizia a esquerda, em que se incluía o grande acidente lusitano no largo do rato, animal que vive geralmente de esgotos e/ou lixo.
Numa noite- chuvosa ou seca tanto faz – a emissão da RTP (canal que tivera um período de luxo programático com Vasco Graça Moura e um período digno da loirice de Herman José com Proença de Carvalho) dizia a emissão da RTP era interrompida lá para as horas a que hoje se interrompe a mente dos portugueses. Motivo, o Primeiro-Ministro Sá Carneiro falecera num acidente de aviação.
Foi acidente ou a estrema-direita fascista diziam uns, foram os comunistas que o mataram diziam outros. Limpou-se tudo, enterraram-se os mortos, cuidaram-se os vivos. E esta última parte é que, com a limpeza ecológica que só o tempo faz, nos conduziu a este post. Hoje, em que os mais citados suspeitos do assassinato que já não oferece dúvidas estão bem de saúde graças a Deus, na inversa proporção da dita do regime, que os dois nunca fazem paralelas senão em sentido inverso. O que significa, por outras palavras, que estão sediados nas esferas do poder, chame-se ao mesmo o que se chamar.
Feita a decapagem ideológica, fica Sá Carneiro como um homem firme nos seus princípios e objectivos, dterminado e firme na liderança. A Aliança Democrática de que foi construtor e lider estava no poder, tinha uma maioria sólida e não se lhe conheciam rupturas. Estava, pois, “condenada” a governar por muitos e longos mandatos.
Dito por outras palavras, com Sá Carneiro VIVO e à frente da AD e do Governo, jamais o PS e o rato voltariam ao poder. Que também pode significar fazer umas coisas, fazer uns jeitos ou jogar uns jogos. Certo é que, pelo menos periodicamente, aquele partido tem que ir ao poder. Conforme se verificaria, embora os Historiadores não o registem, mais duas vezes: Cavaco Silva, cuja liderança no PSD lhe daria maiorias enquanto quisesse, teve de arquitectar um tabu para abandonar o barco, sabe-se lá se com medo de passar sobre Camarate; Durão Barroso foi seduzido e, com a presidência europeia, desmoronou-se o Governo de coligação, e sólida, que teria armas para continuar na governação por mais mandatos. Apesar de, desde a sua posse, o país ser varrido por informações seguras sobre a preparação de um golpe de estado.
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