11/04/2005

13ª Sessão: Os reprovados

Do destino de todos os alunos do Tronco Comum da FMUP de 1975/1976 falta apenas conhecer um grupo específico : os reprovados.
Mas como os últimos são os primeiros, estes foram, na prática, os mais beneficiados.
Pode mesmo dizer-se que nasceu, naquele período, uma nova classe de bem-aventurados: os reprovados a uma ou mais disciplinas do Tronco Comum.
Do destino dos outros, com maior ou menor precisão, foram dadas algumas linhas; faltavam estes.
Que lhes sucedeu, se o que estava destinado a quem reprovasse era a impossibilidade de prosseguir quaisquer estudos? Cá vai: os que quiseram, mudaram de vida; os que quiseram, foram para Medicina ou Medicina-Dentária.
Isso. Maior bem-aventurança não se conhece.
Contra todas as expectativas , criadas e bem alimentadas, puderam repetir os exames às cadeiras a que haviam reprovado as vezes que quiseram até obter a aprovação. Obtida esta, o seu futuro foi simples: matricularam-se em Medicina ou em Medicina-Dentária. Os que haviam obtido médias demasiado baixas matricularam-se em ... Medicina.
Onde? Em Medicina. Onde? No Instituto Abel Salazar.
Mansamente pela sombra, Nuno Grande, regressado do Ultramar, havia concebido esse novo Instituto. E criou nele um novo Curso de Medicina. Até aqui nada de especial. Especial foi que, contra o passado, presente e futuro, a Ordem dos Médicos reconheceu este novo curso, apesar de Nuno Grande não ser uma persona grata entre os tubarões do Hospital de S. João. E apesar de os iniciantes nele serem fruto de repescagens pouco sadias tendo em conta o que se havia passado na FMUP.
Fosse o assunto com Medicina-Dentária e de certeza que não haveria equivalências para ninguém.
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