10/05/2005

3 . Interregno

Um foi a Cimeira da Internacional Socialista: runião magno-patética, digna de um qualquer chefe gaulês a receber o a receber o invasor-aliado romano. Na Tribuna, a fina flor europeia: Miterrand le françois, Olof Palm (malogrado e mais digno de respeito) Willy Brandt Presidente e outros anónimos governantes e dirigentes europeus que em silêncio ouviram, se de tradução simultânea dispunham, e viram- que os olhos traduzem todas as línguas - as piruetas de palco do dito cujo nome não mais cito: "Vejam! Aqui estão os poderosos da Europa! E são nossos e meus amigos! Estão com o PS, não com o PPD. E bamboleava o rabo, os tornozelos e as mãos. São ELES! - a mão direita apontava Miterrand, o rabo do lado oposto - são ELES que dão de comer aos nossos emigrantes, a milhares de compatriotas nossos. São estes homens! - mão esquerda para Brandt, o rabo para o lado oposto - que são nossos amigos e que nos têm sustentado!
E quem se quiz meter no meio? Sá Carneiro, fasciszante, mas ainda bem que eles não o aceitaram.
As hordas berravam: fascista, fascista!
E subiu ao palco Felipe Gonzalez, meio escondido -camarada no exílio! - de jeans e sapatilhas, a aumentar o fervor antifascista da populaça.
E Salado Zenha, de fina ironia, embora não tanta como a que vestiu para se candidatar dez anos depois a Presidente da República - retocou a imagem: o "pintainho fraldiqueiro", de seu nome Sá Carneiro, apesar de fascistóide pretendeu ensombrar esta cimeira fazendo um forcing para ser admitido na Internacional Socialista! Não permitiremos! Estes senhores (e apontava para a Tribuna) não o permitiram .
Estava a brasa no ponto. Sabiam muito bem que nos Aliados (para onde no fim encaminharam as pessoas... ) havia barracas do PPD, o que na altura era normal.
E de orelhas a escaldar, o povo foi em massa aos Aliados derrubar as barracas fascistas.

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