10/04/2005

2 . 2ª Sessão e um interregno

Entretanto, do nevoeiro iam esboçando-se umas figurinhas de contornos bem fugidios, é certo, mas já com nomes. Que estavam na forja saídas na área da ginástica, da psicologia, da alimentação e ecologia, dos dentes.
Já era alguma coisa. Para nós, que nada sabíamos da diferença entre um dentista e um estomatologista, entre um psicólogo e um psiquiatra, um dietista e um nutricionista ou endocrinologista. Se calhar iriam equiparar todos... Iriam? Soubesse o Governo Brasileiro do que se passou aqui e as relações entre os dois países estariam terminadas ainda hoje.
E trabalho? Ei!!! Nada de preocupações. Havia para todos e sobrava. Nos Concelhos, nos Distritos, na República e no Reino, contas bem feitas ficariam milhares de lugares por preencher porque nós não conseguiríamos abarcar tudo.
Graus académicos? Mas algum português, mesmo com a Universidade completa, sabe o que são graus académicos e o seu significado? Não? Muito menos nós, que íamos fazendo luta e tentando notas grossas para fugir aos cursos paramédicos... apesar de tanto trabalho à espera.
Os interventores iam também saindo da bruma: para cada curso previsto, um ou dois nomes auto-sonantes, dos melhores do País, era apontado como principal mentor. O seu brilho ofuscava a sombra do Pinhal de Naus e Tormentas a Haver.
O turbilhão do País não era mais sensato e muito menos calmo. E aqui se justifica uma primeira pausa terapêutica para conseguir narrar o desenvolvimento do processo em curso.
Saído da nebulosa e arrumando aos poucos os compagnons de route, a quem ia tratando das sete felinas vidas, Mário Soares afirmava-se, por ausência de outros, a figura do regime, já então um regime de pouca figura.
Dois episódios, que passaram pelo Porto em geral e pelo Hospital de S. João em particular, marcaram com um cunho emblemático o regime português. E neste caso a sequência e inserção cronológica é secundária.
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